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Tema 01 - ERA UMA VEZ
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ERA UMA VEZ...

ERAM UMAS VEZES...

ERAM N + UMA VEZES...

Era uma vez

uma boa história.

Tinha começo,

tinha meio e fim.  

 

Era uma vez

uma história boa.

Não tinha fim,

nem meio e começo.

Nem começa assim:

Era uma vez.

Era, foi, seria...

Será tal vez.

​​

Era tal vez a vez de um roteiro.

Original? Não tinha começo!

Adaptado? Talvez.

Assim é Era Uma Vez:

Eram Umas Vezes.

Eram N + Uma Vezes.

Será Tal Vez?

Era uma vez um roteirista que pegou um bonde andando. Um bonde chamado desejo.  A linha do bonde não tinha fim. Nem começo. E não era circular. Trajeto cíclico, não. Eterno retorno, também não. Era movimento constante, contínuo, só. E o bonde seguia, prosseguia. Muitos passageiros a bordo. Bonde repleto. Nos pontos de parada, nem sempre sinalizados, embarques e desembarques. Gente polida, que acenava em respeitoso cumprimento. Gente apressada, que mal olhava ao redor. Eram umas vezes que vazios entre uns e outros parecia haver. Mas, a uma pequena mudança de posição sentia-se, vez ou outra, como que um corpo não detectável ocupasse um espaço, fosse no interior, nos estribos ou mesmo nas cabines de comando da máquina, que o motorneiro consentia na inevitável invasão.

Ficava evidente ao roteirista a impossibilidade de fixar um ponto de partida para sua história. À medida que o bonde avançava dançando sobre os trilhos, impunha-se quase que uma percepção incontestável. Não haveria ponto de chegada. Nós, talvez. Conexões.  Meios, mediações. Começo e fim, não.

O aparato tecnológico

Sendo seu tema de conversas as trucagens e os efeitos especiais cinematográficos, esta mesa é caracterizada como A Noite Americana, um artifício fotográfico para filmar cenas noturnas durante o dia. E é nesse diapasão de ambiências sugeridas e de um certo falseamento (ou verossimilhança, ou ilusão) da realidade que se coloca o filme Noites Brancas para reflexões iniciais.

 

O título do filme (Noites Brancas) "refere-se a um período do ano, na região de São Petersburgo, no início do verão, entre 11 de junho e 2 de julho, em que não escurece à noite", conforme esclarece o crítico Cid Marcus, cujo artigo sobre a película pode ser lido na íntegra aqui.

 

É nesse clima misterioso que se desenrola uma história de amor, sonho, incertezas e esperanças, vivida pelos atores Marcelo Mastroianni, Jean Marais e Maria Schell, dirigidos por Luchino Visconti, cujo filme é ambientado numa noite de inverno, invertendo a concepção implícita no título.

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