O Viajor ao Redor
- Cine Inês

- 30 de dez. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: há 3 dias

TERMO DE ABERTURA do livro CANTOS CORRENTES
CuraTela da Inexposição Madame Pochette
Sinopse A protonauta Agnes Dellacroix consente participar de uma transferência de alta volatilidade, quanto à compatibilidade entre a configuração espectral do ser e a configuração perceptual da sede condicionante.
Submetida a uma confecção experimental de energiaria táxtil de grande incerteza, ela não conta com recursos apropriados, plurais e diversificados, para enfrentar as eventuais imposições sensoriais às quais estará sujeita. O único instrumento garantidor com dose razoável de confiabilidade é a possibilidade de um imaginário diálogo com uma espécie de alter ego, ou um contraponto de alteridade, representado por um cantor, Paulinho da Vila.
O objetivo da transferência é aprofundar os estudos sobre concepções, intensamente debatidas pelos kyneaztaz e kryptykoz, a respeito de um suposto e possível estatuto fenomenológico do inexversus, e que os arquitextores decidem testar com o uso de recentes aprimoramentos na tecnologia de transferência de vultos (seres espectrais).
ATA DE LANÇAMENTO
Pareceres, previsões, orientações dos arquitextores, em mesa redonda no gabinete da Coxia, em Cine Inex.

Tema 01 - ERA UMA VEZ
Tema 02 - DE OLHO NA TELA
Tema 03 - A NOITE AMERICANA
Tema 04 - PERSONA
Tema 05 - LIMITES
Tema 06 - NA TRILHA DA MÚSICA
Tema 07 - CAFÉ SOCIETY
Tema 08 - LINHA DE MONTAGEM
Tema 09 - ASSINATURAS
Tema 10 - THAT´S ENTERTAINMENT!
Tema 11 - THE TALK OF THE TOWN
Tema 12 - ESCOLA DE CINEMA
ANTES DO LANÇAMENTO
Quem está ao redor de nós? Quem ao nosso lado está? À destra ou à sinistra? E à frente? E atrás? Por trás? Por detrás?
Quem passa ao redor de nós? Que circula e nos circunda. No arredor de uma rotunda que nos centra.
Que nos cega. E ensurdece. Emudece. E empedrece. E se quem passa ao redor de nós nos atravessa? E adiante segue?
Será viajor? De que plagas vem? Por quais mares vai? Nauta de águas profundas, nauta de nuvens voláteis, nauta de magmas e plasmas?
De onde nos chega? Para onde parte? Somos um apenas, entre os portos de suas rotas, mais um lançamento em algum provável Diário de Bordo?
À NOSSA VOLTA
ABZé, ou ABZeh, ou ainda ABeZeh, nunca se soube bem... É um dos nossos? Ou é tão só um dos nós que nos entrelaçam? Foi tal tipo de especulação que fez começar tudo. A inexperiência das inexcursões pelas realidades perceptuais do universo. Não só foi um processo vagaroso, lento, como também demorou para começar. Afinal, ninguém se dava conta do que havia por detrás daquela frágil criatura que viva sob a ponte, ermitão urbano. Precisou de um acaso para que viesse à tona das águas poluídas do canal.
ABZé
POEMA DOMÉSTICO


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